Thursday, November 25, 2010

Boas prendas para o Natal

Thursday, November 04, 2010

Da nova Antologia do Humor Português


Já aqui haviamos feito referência à edição da Antologia do Humor Português, da responsabilidade de Nuno Artur Silva e Inês Fonseca Santos. Foi uma continuação da antologia de Ribeiro de Mello. Pegamos no prefácio de Nuno Artur Silva para retiramos o seguinte excerto, onde há referências à Antolgia do Humor Português das Edições Afrodite:


Método processual desta antologia: porquê a partir de 69? Antes de mais porque é um curioso número, como já tinha observado o anterior presidente da Assembleia da República, Mota Amaral. Depois porque havia uma também anterior – excelente – antologia do humor português editada precisamente em 1969 (Antologia do Humor Português, Fernando Ribeiro de Mello, Afrodite, Lisboa, 1969), cuja leitura nunca será demais recomendar. E que, portanto, recomendamos. É um magnifico tijolo de quase mil páginas, com prefácio de Ernesto Sampaio, qure seria muito oportuno reeditar. A sua leitura permite-nos ter uma visão voo de pássaro sobre o humor português, desde as cantigas de escárnio e maldizer a Gil Vicente, de Fernão Mendes Pinto a António José da Silva, de Bocage a José Agostinho Macedo, de Camilo Castelo Branco a Eça de Queiróz, de Gervásio Lobato a Fialho de Almeida, de Almada Negreiros a Manuel de Lima, de Mário Henrique-Leiria a Mário Cesariny de Vasconcelos, ou de Alexandre O´Neill a Luiz Pacheco, de Artur Portela (Filho) a José Carlos Ary dos Santos.

Tal como esta que agora introduzimos, também a Antologia do Humor Português, de Fernando Ribeiro de Mello, deixa de fora muito do humor português. Não só todo o que se perdeu por não ter sido editado em livro, como muito outro que não era tradição sequer publicar (Por exemplo, os extraordinários guiões dos filmes portugueses dos anos quarenta, nomedadamente do´Pai Tirano, A Canção de Lisboa, ou O Pátio das Cantigas, entre outros).


Vamos começar, pois, onde a anterior antologia acabou. Repetindo, é certo, alguns nomes, mas não os mesmos textos. A sequência, tal como na antologia de Ribeiro de Mello, tem que ver com a data de nascimento dos autores. Este parece-nos ser o critério mais eficaz para termos uma visão panorâmica relativamente à prática do humor na literatura portuguesa.