Saturday, November 04, 2006

Antologia do Conto Fantástico Português, 1ª Edição

(edição de 1967)

capa

Capa de Rocha de Sousa
Orientação gráfica de João Vieira

Autores e contos:

Alexandre Herculano – A Dama Pé de Cabra
Rebelo da Silva – A Torre de Caim
Camilo Castelo Branco – O Esqueleto
Júlio César Machado – Uma Récita do Roberto do Diabo
Manuel Pinheiro Chagas – A Igreja Profanada
A. Osório de Vasconcelos – A Torre Derrocada
Teófilo Braga –
O Véu
Álvaro do Carvalhal – Os Canibais
Eça de Queirós – O Defunto
Fialho de Almeida – A Princesinha das Rosas
M. Teixeira Gomes – Sede de Sangue
Raúl Brandão – O Mistério da Árvore
Aquilino Ribeiro –
A Reincarnação Deliciosa
Mário de Sá-Carneiro – A Estranha Morte do Prof. Antena
José de Almada-Negreiros – O Cágado
Ferreira de Castro – O Senhor dos Navegantes
José Régio – O Caminho
José Rodrigues Miguéis – Regresso à Cúpula da Pena
Tomaz de Figueiredo – O Gavião
Domingos Monteiro – Casa Mortuária
Branquinho da Fonseca – O Anjo
José de Lemos – A Ritinha
António Quadros –
Pesadelo
Natália Correia – O Aplaudido Dramaturgo Curado Pelas Pílulas Pink
Urbano Tavares Rodrigues – Trânsito
Carlos Wallenstein – A Maravilhosa História do Internamento
David Mourão-Ferreira – Nem Tudo é História
Ana Hatherly – No Restaurante
Maria Alberta Menéres – O Elephans-Pinguim
Vasconcelos Sobral – O Odionauta
E. M. de Mello e Castro – Eu Índice N
Vítor Silva Tavares – Não, Não Foi de Herói,
Dórdio Guimarães – O Homem das Batalhas
António Barahona da Fonseca – A Viúva Ester
Almeida Faria - Peregrinação

Nota do Editor

Com a presente antologia, que não é nem poderia ser definitiva, procurou-se reunir alguns dos textos mais significativos do conto fantástico na literatura portuguesa.
Iniciando-se no Romantismo – a época em que o género floresceu e garantiu direito de cidadania -, atravessando os inúmeros “ismos” da segunda metade do século XIX e da presente centúria, esta antologia abrange uma vasta panorâmica de autores, desde Alexandre Herculano aos representantes da novíssima geração literária.
O critério adoptado, embora amplo (isto é, sem o rigor de uma estrita ortodoxia), permitiu que tão-só fossem incluídos aqueles textos que mergulham numa atmosfera de estranheza e em que se manifesta a irrupção de elementos insólitos ou inexplicáveis.
Assim, tanto figuram no volume composições que se inscrevem no domínio da literatura “negra” como as que se colocam sob o signo do maravilhoso, o onírico e do sobrenatural – critério extensível ao âmbito, científico ou para-científico, da literatura de antecipação.
Não será pois descabido afirmar-se que os textos seleccionados oferecem, pela primeira vez entre nós, uma visão de conjunto de um género bem vincado (embora por explorar críticamente) na literatura portuguesa e cuja importância não deixa de crescer no panorama da modernidade literária internacional.
Resta agradecer a quantos, autores e colaboradores, tornaram possível a edição, quer enviando produções originais quer sugerindo outras de inegável riqueza emocional e estética. Abre-se agora ao leitor não contaminado pelos aspectos menores da realidade dita do quotidiano o reino, sobre todos sugestivo, da livre, esplendorosa, bizarra imaginação criadora!
...Que lhe faça bom proveito...